sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sem título

Sem o mundo fico mudo
e mudo nada mudo.
Com o mundo mudo,
e mudado, fundo outro mundo.

No fundo do mundo mudo
como findo no mudo o tudo,
quando procuro e não cuido
aquele mundo que me iludo.

Pois, mudo - sim -, me iludo
e, oculto, me anulo.
Mas, se no luto, me curo
como vulto volto ao mundo:

Esse mundo que agora cuido
no fundo do meu fulcro
no apelo surdo, mudo,
do mundo, do tudo.

Um comentário: